Operação policial realizada na favela da Rocinha, Zona Sul do Rio de Janeiro, na manhã desta terça-feira, teve quase 3 toneladas de drogas apreendidas e 11 pessoas detidas, segundo o subchefe da Polícia Civil, Fernando Veloso.
Cerca de 200 policias participaram da maior operação já realizada na favela. De acordo com Veloso, eles estavam em busca do traficante Nem (Antonio Bonfim), da mulher dele e do presidente da associação de moradores o Feijão (Vanderlan Barros de Oliveira) que segundo a polícia é usado pelos traficantes como laranja.
Os policias chegaram à comunidade por volta das 6h da manhã, os traficantes anunciaram a chegada soltando fogos de artifícios, sinal que já é conhecido por todos da favela.
A comunidade parou. Ônibus particulares que levam as crianças para as escolas não saíram das garagens, os moto-taxistas que costumam subir e descer por todo a moro, também pararam de circular. As linhas de ônibus (546,592,593) que rodam dentro da comunidade e até o transporte de vans estavam limitados.
Segundo denuncias (Feijão) estaria num prédio onde morava na região da comunidade conhecida como Vila Verde.
Moradores disseram que policias chegaram falando muito alto e já sabiam exatamente onde o prédio ficava. “Eles subiram começaram a bater bem forte na porta e gritar é a polícia abre a porta” declarou um morador que não quis se identificar. Segundo ele os policias foram também para o prédio vizinho, mas nada foi encontrado.
Durante a operação além das 3 toneladas de drogas, foram encontradas várias máquinas de caça-níqueis e até pássaros silvestres. No mercadão popular também foram apreendidos CD’s, DVD’s piratas e outras mercadorias ilegais .
70% do comércio da Rocinha passou o dia com as portas fechadas, segundo comerciantes local os lojistas não se sentiram seguros para trabalhar.
A operação teve grande repercurção em toda imprensa. Moradores continuam apreencivos.
Por Leitura Interativa